História do Convento
de Santo António
(Convento Franciscano)
O actual mosteiro foi outrora um convento franciscano, chamado Convento de Santo António.
Este sofreu algumas modificações ao longo da história, passando por 4 fases.

I Convento

O “primeiro” Convento de Santo António foi fundado por volta de 1492, por Frei Jorge de Paiva eFrei Amador da Silva, sobrinho do Beato Amadeu e de Santa Beatriz da Silva. Em 1475 estes dois fidalgos naturais de Campo Maior terão recebido o hábito das mãos do Beato Amadeu, em Itália, segundo a reforma dos Amadeítas. Nas crónicas da fundação do Convento de Santo António, diz-se que estes dois religiosos, tendo conseguido Bula «em poucos anos viram completo o seu Convento, fundado à medida do seu espírito (…) segundo a Reforma dos Amadeos; e sendo eles dela filhos bem podemos dizer que da mesma Reforma saiu o nosso Convento de Campo Maior.»

Em 1514, porém, D. Manuel e a sua irmã D. Leonor intervêm na obtenção do Convento de Santo António de Campo Maior para os frades da observância de São Francisco, cessando deste modo a Reforma Amadeísta. Com esta reestruturação tornou-se o convento demasiado pequeno para a vida dos seus frades, sendo necessário alargar o edifício, dando origem ao “segundo convento”.

II Convento

II Convento

Em 1514, porém, D. Manuel e a sua irmã D. Leonor intervêm na obtenção do Convento de Santo António de Campo Maior para os frades da observância de São Francisco, cessando deste modo a Reforma Amadeísta. Com esta reestruturação tornou-se o convento demasiado pequeno para a vida dos seus frades, sendo necessário alargar o edifício, dando origem ao “segundo convento”.

III Convento

Em 1645, o Rei D. João IV desejou construir novas muralhas para defesa de Campo Maior. Nesta altura saíram os religiosos para uma dependência do Castelo à espera que lhes fosse construído novo Convento. A esta morada de ocasião chamaram “terceiro convento”.

Por volta de 1685, D. Pedro II inicia a construção do “quarto convento”, de maneira que os religiosos pudessem viver com melhor decência e satisfazer inteiramente com os ofícios divinos. Principiou a obra com fervor e mão larga.

Em 1732 com a explosão do paiol do castelo tanto a Igreja como o convento sofreram perdas humanas e materiais. O frontispício da Igreja foi atingido por pedras vindas do castelo que, por sua vez, não pouparam a vida de três frades.

IV Convento

IV Convento

Por volta de 1685, D. Pedro II inicia a construção do “quarto convento”, de maneira que os religiosos pudessem viver com melhor decência e satisfazer inteiramente com os ofícios divinos. Principiou a obra com fervor e mão larga.

Em 1732 com a explosão do paiol do castelo tanto a Igreja como o convento sofreram perdas humanas e materiais. O frontispício da Igreja foi atingido por pedras vindas do castelo que, por sua vez, não pouparam a vida de três frades.

Arte...

Em termos artísticos este templo apresenta características de arquitectura religiosa, barroca, rococó, e vernacular. Os retábulos de mármore de grande riqueza decorativa; os trabalhos de estuque, quer no interior quer no exterior das fachadas. Podemos dizer que no interior mantém-se a austeridade típica da arquitectura franciscana, que nem a riqueza decorativa dos retábulos em talha joanina ou em mármore rococó e dos estuques rococó parecem derrogar. Destacam-se ainda as imagens da Conceição Puríssima de Maria e de S. Diogo, que foram ao longo dos tempos alvo de grande devoção .
Neste convento distinguiram-se pelas suas virtudes alguns Irmãos Franciscanos: Frei Jorge de Paiva e Frei Amador da Silva; Frei Francisco da Graça, natural de Setúbal, muito humilde e caritativo; Jerónimo Pegado do Campo, primeiro religioso Leigo que morreu em odor de santidade no ano de 1641.

Mosteiro da Imaculada Conceição

Em 1834 com a expulsão das Ordens Religiosas de Portugal, ficou este Convento desocupado e completamente abandonado. Só mais tarde, a 10 de Junho de 1942 voltou a ser ocupado pelas religiosas da Ordem da Imaculada Conceição. Estas, movidas pelo ardente zelo de edificar um Mosteiro na terra natal da sua amada fundadora, Santa Beatriz da Silva, deixaram Villafranca del Bierzo, sua comunidade de origem, para realizar o sonho que alentavam de ver restaurada a Ordem em Portugal. Era para as religiosas uma verdadeira alegria pensar que viriam pisar a mesma terra que 500 anos antes tinha pisado Santa Beatriz. A jovem Comunidade não desfaleceu perante os duros trabalhos de reconstruir um convento praticamente em ruínas. A alegria destas 10 irmãs contagiou alguns corações que decidiram abraçar a vida religiosa e, em poucos anos, a comunidade podia fazer a sua vida de completa normalidade de louvor ao Senhor. Com a chegada das monjas da Conceição a Campo Maior foi como se a própria Santa Beatriz depois de 500 anos voltasse de novo à sua terra. No ano de 1963 contavam-se 20 irmãs com o desejo ardente de difundir a Ordem em Portugal, e o Senhor que nunca se deixa vencer em generosidade atendeu-as favoravelmente.