História da Ordem
Santa Beatriz da Silva
Fundadora da Ordem da Imaculada Conceição
Festa Litúrgica: 17 de Agosto
Início
O sonho da Ordem começa mais de 40 anos antes da sua fundação em 1489. Era a dama de companhia predilecta de D. Isabel, filha do infante D. João, a quem acompanhou nas suas idas para Tordesilhas quando esta se casou com D. João II de Castela. A sua beleza começou a ser cobiçada pelos nobres da corte, despertando a inveja da própria rainha, numa altura em que a corte era tida como um ambiente de luxo, vaidade, ciúme e intrigas. Assim, certa noite, a rainha conduziu-a ao local mais isolado do palácio onde a encerrou num cofre, sem ar, sem alimento e sem espaço para se mover.
A principal fundadora
Beatriz, pede ajuda e proteção à Mãe do Céu, Aquela a quem toda a vida se tinha confiado, e, de súbito, o local onde estava encerrada iluminou-se e Nossa Senhora apareceu-lhe com o Menino ao colo. Vestia um hábito branco sobre o qual tinha um manto azul celeste, e revelou-lhe, então, a missão que Deus lhe havia destinado: a de fundar uma ordem religiosa em honra de Conceição Imaculada. As suas filhas haviam de usar um hábito igual ao com que a Mãe do Céu lhe apareceu.
Beatriz ali esteve encerrada durante três dias e o seu desaparecimento intrigava toda a corte que não se atrevia a perguntar por ela, tais eram as iras da rainha. Somente D. João de Meneses se atreveu a perguntar onde se encontrava a sua sobrinha, ao que a rainha respondeu prontamente levando-o ao local onde a tinha deixado encerrada, julgando que esta estaria morta. Ao abrir o cofre, viu aparecer Beatriz mais bela do que nunca, o que deixou a rainha incrédula.
Beatriz, dando graças ao Senhor da Sua vida e à Mãe que socorre os seus filhos aflitos, decide vendar o seu rosto, para que este não seja mais causa de pecado, e sai da Corte, em direção a Toledo.
A concepção da Ordem
Num Mosteiro de Dominicanas em Toledo, Beatriz recolhe-se em oração, como senhora de piso, durante 30 anos. Durante este tempo, Beatriz vive uma vida silenciosa onde vai amadurecendo no seu coração a missão que a Mãe do Céu lhe tinha confiado. Durante este tempo Beatriz, à imagem de Nossa Senhora, vai concebendo a forma de vida de uma comunidade que venere e honre a Imaculada Conceição da Virgem Maria.
A concepção da Ordem
Num Mosteiro de Dominicanas em Toledo, Beatriz recolhe-se em oração, como senhora de piso, durante 30 anos. Durante este tempo, Beatriz vive uma vida silenciosa onde vai amadurecendo no seu coração a missão que a Mãe do Céu lhe tinha confiado. Durante este tempo Beatriz, à imagem de Nossa Senhora, vai concebendo a forma de vida de uma comunidade que venere e honre a Imaculada Conceição da Virgem Maria.
A fundação
Ao fim de 30 anos, Nossa Senhora aparece, durante a oração, a Beatriz dizendo-lhe que se “cumpriu o tempo” para fundar a forma de vida que juntas tinham começado a idealizar.
Ajudada pela Rainha Isabel a Católica (filha de da Rainha Isabel I), que estimava Beatriz pela sua virtude e santidade de vida, Beatriz sai do Mosteiro de São Domingos para os Palácios de Galiana e, juntamente com 12 companheiras dá à Luz a forma de vida nela concebida.
A aprovação do Papa
Em 1489 o Papa Inocêncio VIII, com a Bula Inter Universa, permite a Beatriz e às suas companheiras viverem num mosteiro uma vida contemplativa, que honre a Imaculada Conceição. O Papa permite ainda que nesta comunidade se vista o hábito da Imaculada Conceição (o de Nossa Senhora quando esta apareceu a Beatriz) e se reze o Ofício Parvo da Conceição Imaculada de Maria. Esta forma de vida deveria reger-se pela regra de Cister.
A comunidade de Santa Fé (nome da Igreja que pertencia ao mosteiro) vai começando a dar os primeiros passos na forma de vida da futura Ordem, começando, pouco a pouco, a estruturar uma Regra própria.
Em 1494 o Papa Alexandre IV autoriza a comunidade a fundar novos mosteiros e permite que, em vez da Regra de Cister, tomem a Regra de Santa Clara. É nesta altura que se torna consistente o vínculo que une a nossa Ordem à Ordem dos Frades Menores, a quem Santa Beatriz tinha muita ligação. A partir deste momento os frades de São Francisco tornam-se protectores desta nascente comunidade e serão desde o início até hoje, muito importantes no crescimento da Ordem da Imaculada Conceição.
A aprovação do Papa
Em 1489 o Papa Inocêncio VIII, com a Bula Inter Universa, permite a Beatriz e às suas companheiras viverem num mosteiro uma vida contemplativa, que honre a Imaculada Conceição. O Papa permite ainda que nesta comunidade se vista o hábito da Imaculada Conceição (o de Nossa Senhora quando esta apareceu a Beatriz) e se reze o Ofício Parvo da Conceição Imaculada de Maria. Esta forma de vida deveria reger-se pela regra de Cister.
A comunidade de Santa Fé (nome da Igreja que pertencia ao mosteiro) vai começando a dar os primeiros passos na forma de vida da futura Ordem, começando, pouco a pouco, a estruturar uma Regra própria.
Em 1494 o Papa Alexandre IV autoriza a comunidade a fundar novos mosteiros e permite que, em vez da Regra de Cister, tomem a Regra de Santa Clara. É nesta altura que se torna consistente o vínculo que une a nossa Ordem à Ordem dos Frades Menores, a quem Santa Beatriz tinha muita ligação. A partir deste momento os frades de São Francisco tornam-se protectores desta nascente comunidade e serão desde o início até hoje, muito importantes no crescimento da Ordem da Imaculada Conceição.
Morte de Beatriz e início da
Ordem da Imaculada Conceição
No momento em que Beatriz e as companheiras se preparavam para tomar o hábito e professar esta forma de vida, Nossa Senhora aparece novamente a Beatriz e diz-lhe que, daí a dez dias a virá buscar.
No dia seguinte adoeceu, pediu a uns padres franciscanos que a viessem visitar e lhe dessem o hábito, profissão e véu, e a Extrema Unção. Assim, tomou o hábito à hora da morte, tendo sido a primeira da Ordem. Na altura da sua morte, o seu rosto iluminou-se e uma estrela resplandecente apareceu sobre si.
Depois da morte da fundadora, Filipa da Silva, sobrinha de Beatriz, foi nomeada primeira Abadessa. Nesta altura começaram os desentendimentos, não só entre as religiosas da Ordem, mas também entre as comunidades, chegando a pensar-se na sua extinção, pois o conflito alastrou pela cidade. Levou cerca de dez anos para acalmar os acontecimentos que circunscreviam a Ordem. Em 1501, a comunidade saiu da Santa Sé e foi-se instalar no antigo Convento de São Francisco. Em 1511, é-lhe dada regra própria, concedida pelo Papa Júlio II, ficando a depender do prelado franciscano.