Mosteiro de Campo Maior: Profissão Solene de Soror Joana Filipa da Silva (com fotos)
Na manhã de outono de 7 de outubro, mas de céu limpo e temperaturas elevadas a lembrar o verão, a bela igreja do Mosteiro da Imaculada Conceição, em Campo Maior, encheu-se de familiares, amigos e diocesanos que testemunharam a profissão solene de Soror Joana Filipa da Silva, monja da Ordem da Imaculada Conceição.
Tal como a Ordem da Imaculada Conceição explicou “Soror Joana Filipa da Silva sentindo-se seduzida pelo amor eterno de Deus, depois de um aquilatado processo de discernimento vocacional, decidiu responder a este amor com a oferta radical de toda a sua vida ao serviço do Altíssimo e da bem-aventurada Virgem Maria, segundo o carisma inspirado a Santa Beatriz da Silva”.
A profissão religiosa aconteceu na celebração da Eucaristia, presidida por D. Francisco José Senra Coelho, Arcebispo de Évora e animada liturgicamente de forma magistral pela Comunidade das Monjas, maioritariamente formada por jovens que com talentos para a música interpretaram instrumentalmente e vocalmente cânticos que a todos encantaram.
À homilia, o Prelado eborense disse: “Soror Joana és para nós um dom imenso. Queremos merecer-te na tua fidelidade, com a nossa fidelidade. Que a Senhora da Conceição, Padroeira desta Arquidiocese, seja sempre o conforto, a inspiração, o sonho de mais e mais, na tua vida e na vida desta Igreja particular. Rezamos contigo na alegria deste dia. Pedimos-te que leves contigo esta Igreja e que peças ao Senhor na tua oração mais vocações. Porque sem famílias não teremos Igreja, pede ao Senhor santas famílias. Que a tua vida seja uma oblação, essa vela que se gasta, essa luz que se queima para que a Igreja seja luz do mundo.”
Após a homilia, Soror Joana fez “voto público e solene a Deus e comprometeu-se diante da Igreja a viver em obediência, sem próprio e em castidade, com perpétua clausura, segundo a Regra da Ordem da Imaculada Conceição (CC.GG 27), por toda a sua vida”, explicou a Comunidade.
Outro momento marcante da celebração foi quando Soror Joana prostrada por terra como que morrendo como semente fecunda, indicou a todos o caminho e a meta para a felicidade: a comunhão de vida com Deus, na eternidade, através de Maria Imaculada.
“A vocação integralmente contemplativa vivida em clausura, segundo os critérios que pautam a sociedade atual, é uma existência sem sentido, desperdiçada. No entanto, a entrega da vida de soror Joana, segundo o mistério do amor, é um grito de esperança que Deus lança na noite deste mundo”, afiançam as Monjas concepcionistas do Mosteiro de Campo Maior, que desafiam a todos a elevarmos a nossa oração a Deus “pela fidelidade de soror Joana à sua vocação e pelos jovens, para que aceitem o desafio de viver a aventura de seguir Jesus, o único que pode saciar os seus desejos mais profundos”.